Aspectos para abrir uma franquia na Flórida e obter cidadania americana
É um lugar em que é possível desfrutar de segurança, onde a economia é estável, oferece baixo custo de vida, escola pública de alta qualidade para as novas gerações, imóveis a valores acessíveis juntamente com planos de financiamentos a juros civilizados, estruturas jurídicas e legais pelas quais a lei é cumprida e respeitada, além do fato de se estar num local onde é possível conviver com gente do mundo inteiro.
Esses são apenas alguns dos fatores que motivam uma grande parcela de brasileiros desiludidos com o atual cenário do Brasil e, infelizmente, descrentes de que essa realidade nacional irá melhorar no curto / médio prazo.
Interessante notar que não se trata daquele imigrante que saiu do Brasil durante as décadas de 70 a 90, em busca de melhores condições de vida e trabalho, que se sujeitou a viver na clandestinidade e trabalhando no subemprego, lutando de forma muito árdua para poder ter acesso a essa qualidade de vida.
Esse fenômeno que vem acontecendo nos últimos anos está levando um outro perfil de pessoas para os Estados Unidos. São aquelas que possuem negócios estruturados e bem sucedidos no Brasil, bens imóveis de valor substancial, economias pessoais com valores expressivos (e de liquidez imediata), que estão fortemente inclinadas a mudar radicalmente de vida, abrindo mão até de parte destes frutos adquiridos ao longo dos anos.
Portanto, estamos vendo uma geração que contribuiu fortemente para o desenvolvimento (e, consequentemente, o crescimento) do Brasil. Simplesmente, muitos deles decidiram se desfazer de tudo para investir num futuro melhor para si, suas famílias e, principalmente, pensando: qual futuro vou proporcionar aos meus filhos?
Porém, essa não é uma decisão tão fácil e rápida como a maioria imagina (ou gostaria que fosse). Pelo histórico de tratativas que tenho com esses investidores, é possível mapear as demandas que essa mudança impõe e, ao mesmo tempo, priorizar cada uma delas, de forma a se criar um roteiro visando facilitar o entendimento e sugerindo um passo a passo a ser seguido.
Primeiro aspecto: a sintonia entre as pessoas e suas expectativas (pessoais e profissionais)
Esse é o início de tudo. Quando um casal decide ir para os Estados Unidos, ambos devem estar com o pensamento convergindo para o mesmo objetivo. Feito isso, as condições para se desconectar da realidade de vida (pessoal e profissional) que cada um tem no Brasil deve estar alinhada também. E esse é o ponto mais crítico nesta etapa.
É muito comum termos o marido preparado para partir e a esposa não estar – ou vice-versa. Soma-se isso a idade dos filhos e em qual nível escolar se encontram. Harmonizar este primeiro passo é uma das tarefas mais difíceis.
Segundo aspecto: visto
Existem aproximadamente 40 tipos de vistos diferentes para os Estados Unidos e, dependendo do projeto de vida que as pessoas querem adotar, é possível se traçar uma estratégia de obtenção de visto (ou eventualmente, fazer uma composição progressiva de vistos) com o objetivo de assegurar a possibilidade de trabalho e moradia de forma legal. Este segundo desafio está muito correlacionado com alguns aspectos, dentre eles: se a pessoa tem dupla cidadania (visto E-1), a possibilidade de abertura de uma filial da sua empresa brasileira na Flórida (Visto L-1), o visto de investimento (EB-5), visto de estudante (F-1), e outras possibilidades.
Terceiro aspecto: qual o negócio que eu posso abrir?
Existem várias opções, desde a compra de uma franquia norte-americana, a abertura de um negócio próprio ou filial brasileira, a compra de algum negócio já em operação (postos de gasolina, lavanderias, restaurantes etc.), abertura de uma franquia brasileira, investimentos na área imobiliária (aquisição de imóveis para locação ou participar na construção de empreendimentos). Esses são alguns exemplos de opções para os brasileiros investirem, porém, a escolha de qual a melhor alternativa passa pelo perfil do investidor, qual o seu grau de conhecimento e vivência nos Estados Unidos, associados ao montante disponível para se investir.
Importantíssimo
Importante ressaltar a necessidade de se ter um capital de giro para as despesas pessoais durante os primeiros 18 meses na América. Esse valor deve ser separado do montante total a ser investido.
Quarto aspecto: moradia
Se a pessoa não conhece bem a Flórida e suas cidades, o ideal é alugar um imóvel antes de fazer um investimento na compra de uma residência fixa. Existem muitos ajustes de vida pessoal que naturalmente ocorrem nos primeiros meses e, se o casal não tem claramente definido (ou não conhecem bem) em qual região pretende se fixar, recomendamos alugar um imóvel nesta fase inicial.
Quinto aspecto: estruturação da vida na América
Este aspecto envolve as questões de escola para os filhos, compra (ou leasing) de um carro, estruturação financeira, tributária (imposto de renda), dentre outros fatores. Aqui, uma dúvida constante é: Quanto eu tenho que ganhar nos Estados Unidos para manter o mesmo padrão de vida que eu tenho no Brasil?
As pessoas têm que ter em mente que o poder de compra da moeda norte-americana é muito diferente do Real. Um profissional que tem uma renda mensal de R$ 30 mil no Brasil (aproximadamente a US$ 8,5 mil) certamente poderá desfrutar de um estilo de vida muito superior ao que se tem no Brasil (é só não deixar se seduzir pelas tentações de consumo que a América oferece).
Cada pessoa tem uma realidade de vida e uma história única. Portanto, não existe uma fórmula pré-estabelecida para se mudar para os Estados Unidos. Existem casais ou pessoas que se encontram num estágio muito inicial de conhecimento e de projeto de vida para se mudar de país, assim como existem aqueles que estão razoavelmente preparados e também existem aqueles que já avançaram bastante, com residência na Flórida, ou que possuem recursos depositados em bancos norte-americanos, viajam com uma certa frequência e possuem relacionamentos pessoais e profissionais, seja com a comunidade brasileira, seja com outras comunidades.
O importante é estar ciente em qual estágio o casal ou pessoa se encontra para poder definir claramente qual a “lição de casa” a ser feita. Dessa maneira, é possível reduzir o tempo, minimizar recursos e esforços e, principalmente, evitar surpresas e as frustração de ver o “projeto USA” não se concretizar.