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quinta, 21 de novembro de 2024
Franquia é um sistema de negócios onde o dono de uma marca (conhecido como franqueador) cede à outra pessoa (física ou jurídica) o direito de vender e distribuir seus produtos, sua marca e sua patente se tornando um franqueado. O direito de distribuição da marca pode ser exclusivo ou semi-exclusivo a depender do modelo de franquia.
Portanto, o sistema de franchising tem dois personagens fundamentais para a relação de negócios: uma empresa que já possui pleno sucesso e deseja replicar seu modelo através de franquias (franqueador) e a pessoa física ou jurídica que se propõe a investir nesse modelo de sucesso e gerenciar sua unidade através dos padrões impostos pelo franqueador (franqueado).
Pensando em comprar uma franquia? Esse modelo de negócio é uma ótima opção para quem deseja se tornar empresário de forma mais segura. Entretanto, é prudente seguir alguns passos antes de encontrar a marca certa para você:
1ºEstude o segmento do qual deseja participar
2ºCompare as marcas do setor atentamente
3ºEncontre a melhor rede, de acordo com seu perfil
4ºConverse com a franqueadora e com os franqueados da rede
5ºAssine o contrato de franquia, de preferência junto com um advogado
6ºTrabalho, dedicação e muito sucesso na sua franquia!
Baixa taxa de mortalidade, alto índice de crescimento, marcas consolidadas e números positivos, esse é o mercado de franchising no Brasil, que possui mais de 3 mil redes.
Embora a Lei do Franchising no Brasil date de 1994 (Lei nº 8955/94) e o setor registre crescimento sempre muito acima do PIB ano após ano, ainda é possível afirmar que o país engatinha rumo a um crescimento quase que imensurável. Basta ter como base países como Estados Unidos, China, Coréia do Sul e Japão, todos à nossa frente em números de unidades e faturamento e que continuam apresentando altas. Nos EUA, onde a lei federal de franquias existe desde 1978, por exemplo, a média de franquias por franqueadora é cerca de seis vezes maior que a média das redes brasileiras.
Por que as franquias continuam conquistando bons números mesmo em meio à crise econômica no Brasil? Entre os motivos, vale destacar que o país figura entre os que mais possuem empreendedores no mundo, e o franchising é talvez a porta de entrada nesse universo, oferecendo maiores chances de sucesso nos negócios. Isso porque o franqueado atua com uma marca já consolidada no mercado, com modelo testado e comprovado, conta com suporte do franqueador e, consequentemente, pula algumas etapas fundamentais – e trabalhosas – relacionadas a um empreendimento próprio.
A entidade regulamentadora do franchising no Brasil é a ABF - Associação Brasileira de Franchising, que visa promover as boas práticas no setor. A ABF é uma entidade sem fins lucrativos, criada em julho de 1987, que possui mais de 1000 associados, divididos entre franqueadores, franqueados e colaboradores que, nos últimos anos, vêm organizando e participando de diversas ações para o desenvolvimento do sistema no Brasil. A missão da entidade é "divulgar, defender e promover o desenvolvimento técnico e institucional deste moderno sistema de negócios".
Para quem pensa em investir em uma franquia, alguns aspectos de extrema importância devem ser considerados. Entre eles, atentar-se ao tempo de mercado de uma determinada marca. Só isso, obviamente, não é garantia de que o franqueado terá sucesso, mas é um forte indicativo de que o modelo de negócio funciona e de que há uma certa credibilidade e solidez na bandeira.
As redes de franquias mais antigas, apesar de proporcionarem aos empreendedores marcas mais conhecidas do grande público, podem gerar um desafio: encontrar um bom ponto ou território para instalação. Isso porque a maioria já possui um amplo número de unidades espalhadas pelo país, e nem todos os locais comportam várias unidades em um perímetro considerado curto.
Entre as marcas mais antigas no Brasil, destaca-se o segmento de franquias de escolas de idiomas. A Yázigi, segundo especialistas do franchising, é uma das mais antigas empresas do segmento atuando no país, aberta em janeiro de 1954. Além dela, entre as dez marcas que estão no mercado brasileiro há mais tempo, outras do segmento aparecem: Fisk, PBF e CCAA. Completam a lista das franquias veteranas as redes Arezzo, Kumon, Água de Cheiro, O Boticário, Localiza e L'acqua di Fiori.
Inegavelmente, há segmentos que se destacam muito mais em relação a outros. Prova disso é o de franquias de alimentação, que cresceu 9,4% em 2015 – comparado a 2014. Recente estudo da ABF indicou que mercado de alimentação fora do lar sentiu os efeitos da retração econômica, mas resistiu e confirmou tendência das franquias de apelo saudável.
Com uma receita da ordem de R$ 27,9 bi, apurada pela ABF (Associação Brasileira de Franchising) no balanço do franchising no ano passado, que totalizou R$ 139,5 bi, as franquias de alimentação representam 20% do franchising e 7% de todo o mercado de alimentação no Brasil, cujo faturamento foi de R$ 350 bi. Inseridos no segmento de alimentação, estão alguns ramos, como Cafés, Chás e Sucos, além de Sorvetes, Milk shakes e Gelados, Churrascarias, Grelhados e Espetos, Árabes e Salgados, e Peixes e Frutos do Mar. Isso sem contar o nicho de bolos e doces, ambos sempre apresentando ótimos números.
Outro segmento que tem conquistado cada vez mais espaço no franchising é o de franquias de serviços. São os mais diversos ramos de atuação, que apresentam oportunidades especialmente para profissionais técnicos que querem empreender em suas áreas. Em sua grande maioria, as redes de serviços oferecem baixo investimento, possuem alta demanda pela terceirização, e também, em alguns casos, não exigem grandes estruturas, além de proporcionarem um retorno mais rápido.
As alternativas desse segmento são as mais variadas, passando por consultorias, como ActionCoach, RHF Talentos, Studio Fiscal, Vazoli e Jiva Gestão Empresarial, viagens, como Flytour, Tam Viagens, CVC Viagens e CI, serviços de reformas, como Master House Manutenções e Reformas, Dr. Faz Tudo, Praquemarido e Five Star Pinturas, serviços domésticos, como Mary Help, House Shine, Maria Brasileira. Em outros campos, destacam-se a iGui Piscinas, a Sr. Computador, a Sapataria do Futuro, a Quality Lavanderias, entre outros, que estão inseridos no subsegmento de lavanderias, escolas de idiomas, ensino profissionalizante, limpeza e conservação, imobiliário, hotelaria etc.
Na mesma onda de crescimento, as franquias de beleza e saúde têm aparecido com cada vez mais força. De acordo com a ABF, o segmento fechou 2015 com 409 marcas franqueadoras e 28.626 unidades distribuídas pelo Brasil. Para especialistas, esse é um setor que ainda apresenta muito espaço para expansão. Redes de clínicas odontológicas, por exemplo, como Odontoclinic, Ortodontic Center e Sorridents despontam. Um estudo do IBGE indica que 95% da população brasileira não tem hábito de frequentar consultórios dentários, o que demonstra que, havendo uma mudança de comportamento, essas empresas terão uma ampla demanda.
Os consultórios médicos também iniciaram uma onda de expansão pelo franchising. Entre as principais características do segmento, está a possibilidade de profissionais da área empreenderem e, acima de tudo, obterem margens bastante interessantes. O segmento de franquias de saúde e beleza também abrangem negócios muito promissores, como o de cuidados pessoais. A Home Angels, Sóbrancelhas e Doctor Feet são apenas algumas das centenas de opções que o mercado disponibiliza.
O processo de compra de franquias envolve uma série de análises que devem ser feitas antes de se concretizar o ato de aquisição, seja por parte do investidor (que decidirá em qual rede investir), seja pela marca franqueadora (que optará por aceitar ou não o candidato na rede).
Em uma primeira etapa, é importante o investidor se perguntar por que ele deseja comprar uma franquia ao invés de abrir seu próprio negócio “do zero”. Já é entendido que as vantagens do franchising são inúmeras, mas o futuro empresário deve ter a consciência que seu padrão operacional sempre estará atrelado à rede franqueadora.
Em um segundo momento, o investidor deve entender o segmento no qual deseja se tornar franqueado: estudar o ramo de atuação da franqueadora como se fosse abrir o próprio negócio, da concorrência atual à perspectiva do mercado em longo prazo. Também deve ter total simpatia – se houver familiaridade, ainda melhor – pelo mercado em questão.
Na terceira fase, com o segmento de atuação já escolhido, o futuro franqueado deve esmiuçar todas as marcas franqueadoras no ramo. Preferencialmente, para definir a marca que desejará comprar, é importante que o candidato siga algumas diretrizes, como:
Antes de o futuro franqueado assinar o contrato de franquia, também é importante estudar as obrigações financeiras que a marca demandará. Entre os valores comumente pagos à franqueadora estão a taxa de franquia, os royalties e a taxa de marketing, conforme explicado a seguir.
A taxa de franquia ou taxa de ingresso no sistema é o valor pago pelo investidor à marca franqueadora da qual deseja se tornar franqueado. O franqueador é quem desenvolveu o conceito do negócio, o testou, desenvolveu uma marca, obteve know-how do setor e formatou o modelo de sucesso para ser replicado. Além disso, correu todos os riscos para fazer o negócio crescer.
Ao vender uma unidade, o franqueador cede ao franqueado um direito de exploração ou, pelo menos, de prioridade de abertura de novas unidades, num determinado território, por certo período de tempo. Esses são os motivos que levam a companhia a cobrar uma taxa de ingresso, que normalmente está relacionada com o potencial de retorno do negócio e com as taxas cobradas por franqueadores concorrentes no mercado.
Os valores praticados no mercado vão depender da complexidade do negócio e da estratégia do próprio franqueador. Negócios pequenos, com investimento de até R$ 100 mil, terão taxas de zero a R$ 30 mil. Negócios maiores, geralmente, terão taxas de franquia maiores. Usualmente, na renovação do contrato, o franqueado pagará uma nova taxa para continuar operando com a bandeira e know-how da marca.
Também conhecidos como taxa de administração ou remuneração de franquia, os royalties são valores cobrados pelo franqueador para cobrir seus custos operacionais e de acompanhamento da rede.
Há diferentes formas de cobrança dos royalties por parte das marcas franqueadoras: de um valor fixo mensal (que não varia de acordo com o faturamento do franqueado) à cobrança em porcentagem do faturamento da unidade.
Portanto, é importante que o futuro franqueado questione e coloque na ponta do lápis todos os custos que terá ao ingressar em determinada rede.
Também vale ressaltar que algumas marcas não cobram royalties mensais, substituindo a prática por outras formas, como por exemplo, taxa sobre reposição de estoque.
Também conhecida como verba de publicidade, a taxa de marketing serve para que a rede estabeleça uma campanha de marketing para fortificar a marca de forma macro geográfica. É comum franqueados confundirem a taxa de marketing paga ao franqueador com valores de marketing que devem ser investidos de forma local, micro.
Para entendermos melhor o que é e para que serve a taxa de marketing paga ao franqueador, tomemos dois cenários: um plano de marketing local do franqueado (como, por exemplo, divulgar a franquia em estações de rádio que possuem ouvintes da região) e o plano de marketing da rede (como a franqueadora investir o capital do fundo de marketing em uma inserção nacional de TV, que beneficiará todas as unidades da rede).
Em alguns casos, há valores extras cobrados pela franqueadora para o desenvolvimento da rede, podem constar: valor mensal de licença por uso do software de gestão da unidade, valor mensal de call center, entre outros.
Antes de concretizar a compra de uma franquia, o investidor deve ter absoluto conhecimento de, no mínimo, três itens:
Não espere que comprando uma franquia a franqueadora fará todo o trabalho por você. É comum encontrar franqueados com esse pensamento equivocado, resultando em frustração e perdas financeiras. O franchising é uma relação mútua de trabalho, aprendizado, novas ideias e desejo de crescimento por ambas as partes, franqueado e franqueador.
O futuro franqueado (e consequentemente seu capital), querendo ou não, estará nas mãos da marca franqueadora. Uma crise no segmento de atuação da marca – e qualquer estratégia errada por parte da franqueadora – poderá prejudicar o investimento do franqueado.
O investidor também deverá estar com seus desejos de crescimento e valores alinhados com os do franqueador. Apesar de parecer um cenário utópico, é fundamental para o crescimento da rede que todos os franqueados falem a mesma língua do franqueador. E isso só é possível com a identificação pessoal do investidor junto à rede, de forma geral.
O candidato a franqueado deve aprofundar significativamente seu conhecimento no sistema de franquias, pesquisar os segmentos nos quais se identifica sendo empresário, analisar todas as marcas desse segmento e conversar muito com o franqueador e franqueados da marca antes de adquirir uma bandeira da rede em questão.
Em suma, tomando todas as precauções e com um planejamento bem alinhado e factível, suas chances de sucesso com uma franquia se tornarão infinitamente maiores do que abrindo seu próprio negócio. Vá em frente, com confiança e propriedade no negócio, que tudo sairá bem. Bem-vindo ao peculiar e inteligente universo do franchising!
Deseja ser dono do próprio negócio, em especial de uma franquia? Então veja nosso infográfico com os passos preliminares de compra de uma franquia.
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