Franquias em food truck vieram para ficar

Os vendedores de comida de rua podem ser considerados uma das profissões mais populares dentre todas as atividades. De acordo com dados do Sebrae, a atividade representa cerca de 2% da renda principal de muitas famílias brasileiras, mas foi somente nos últimos anos que vender comida em vans, furgões ou trailers tornou-se um modelo de negócio em potencial para redes, com os chamados food trucks. Com número cada vez maior de consumidores em busca de uma alimentação rápida e barata, o que era apenas uma tendência, caiu na graça dos brasileiros e muitos empreendedores passaram a enxergar este segmento como um mercado cheio de oportunidades para crescimento.

Redes de franquias de alimentação adaptaram seus modelos de negócios e passaram a oferecer unidades móveis como opção de investimento mais baixo e lucrativo para quem procura empreender numa unidade sobre rodas. Para que essa estratégia dê certo, é preciso levar em conta qual o tipo de comida vai oferecer, os equipamentos necessários que deverão ser instalados, além de atender algumas exigências de órgãos regulamentadores como, por exemplo, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e prefeituras.

De acordo com Danilo Pinheiro, especialista em franchising da Franquear Consultoria, além do modelo food truck ser considerado potencial e de baixo investimento,  se comparado aos modelos tradicionais, também possibilita que o empresário não fique preso a um único ponto, pois pode adotar a estratégia de atuar em eventos ou condomínios, mantendo a característica itinerante original desse formato, aproveitando o fluxo de clientes que os espaços de food park oferecem. “Em momentos de crise econômica, essas questões são ainda mais importantes. Porém, não garantem o sucesso e, em alguns casos, o franqueado precisa trabalhar muito mais que um empresário de um modelo tradicional”, destaca Pinheiro.

Embora o segmento de alimentação sobre rodas esteja em alta no país e seja uma boa aposta diante da instabilidade econômica do país, Pinheiro acredita numa ligeira queda dos números. “A tendência é que o mercado de food trucks comece a se estabelecer e, em seguida, passará por uma queda, permanecendo no mercado apenas os negócios que se adaptaram melhor ao modelo”, avalia.

A rede Khea Thai, especializada em culinária tailandesa adaptada ao paladar brasileiro, oferece modelo de negócio sobre rodas com um investimento a partir de R$ 139 mil – a empresa divulga que o retorno do investimento ocorre em 24 meses. Outra marca que aposta neste segmento é a Açaí Concept, cujo investimento inicial é entre R$ 90 mil e R$ 150 mil, com prazo de retorno a partir de um ano de atividade.

De carona na tendência dos food trucks, a rede Busger aposta no modelo de ônibus para vender hambúrgueres. Com investimento de R$ 350 mil, é possível adquirir uma unidade da marca, que prevê um payback entre 12 e 24 meses.

“(O food truck) é um modelo (de negócio) fácil de se adaptar, desde que o mercado seja bem estudado”, finaliza Pinheiro. Seja em grandes, médias ou pequenas cidades, apostar as fichas numa rede que ofereça este modelo de negócio pode render bons números.