Nutty Bavarian subsidia entrada de franqueados refugiados
A Nutty Bavarian, rede especializada em grãos torrados e glaceados, com cerca de 130 quiosques pelo Brasil, acaba de anunciar uma parceria com o Instituto ADUS, pela qual desenvolveu um novo projeto em caráter social. A marca lançou a “franquia solidária”, um formato de negócio que pretende atender uma parcela da população refugiada que vive em território nacional. Segundo dados do Ministério da Justiça, o Brasil registrou mais de 9,5 mil imigrantes nessas condições, de 82 diferentes nacionalidades.
A investida da Nutty Bavarian consiste em fazer com que alguns refugiados se tornem franqueados da marca, oferecendo a eles benefícios, como a isenção da taxa de franquia e o pagamento do primeiro aluguel. “Nesta versão, conseguimos negociações de aluguéis em pontos comerciais aderentes ao custo de ocupação deste modelo de operação, preços mais baixos com os fornecedores de matéria-prima e sistema, e vamos subsidiar a taxa de franquia, já com o quiosque e a panela. É uma oportunidade para eles começarem algo com suporte e acompanhamento, o que é um benefício enorme pra quem vem de outro país, sem falar direito a língua, sem conhecer as regras do Brasil, sem o networking tão necessário pra se ter um negócio próprio”, explica a diretora da rede, Adriana Auriemo.
O Instituto ADUS ficará responsável por indicar os interessados em operar o negócio. Os franqueados pagarão as taxas de royalties e de publicidade após o início das atividades. “Nós emprestaremos os valores para o primeiro aluguel, abertura de empresa, compra dos equipamentos e tudo mais que precisar para começar a operação”, completa Adriana, que prevê a abertura de dez franquias neste modelo em 2018.
Estes franqueados receberão o mesmo treinamento inicial aplicado aos demais integrantes da rede, mas precisarão trabalhar em tempo integral no ponto de venda. O primeiro quiosque nesses moldes foi inaugurado em novembro, na Galeria Comercial do Extra Hiper Ricardo Jafet, zona Sul da cidade de São Paulo, e está sob direção do casal de sírios Noura Alkalas e Yones Al Nabulsi, que estão no Brasil há quase quatro anos.