Pequenas franquias brasileiras indo para o exterior

Engana-se quem imagina que somente as grandes marcas do franchising brasileiro possuem oportunidades de abrir unidades no exterior. Independentemente de seus segmentos de atuação, pequenas redes em ascensão organizam-se internamente e firmam parcerias para alcançar metas dentro e fora do país.

A rede de padarias drive-thru Pão to Go, por exemplo, acaba de anunciar sua chegada ao mercado português com um master franqueado. Ainda sem endereço definido, uma coisa é certa: a primeira unidade lusitana vai estar localizada na capital, Lisboa. “Recebi todo o suporte para começarmos nossas operações no início do segundo semestre deste ano. Além disso, minha ideia é também atrair novos franqueados para abrirem unidades nas cidades do Porto, Sintra, Cascais e Estoril. Feito isso, pretendemos partir também para os países vizinhos”, antecipa o master franqueado, Roberto Tambone, que já está em Portugal viabilizando o negócio junto aos novos fornecedores e parceiros comerciais locais. A primeira loja estrangeira da rede, que atualmente conta com 26 unidades no Brasil, seguirá no formato que a consagrou, o drive-thru, mas os novos franqueados europeus também terão a oportunidade de conhecer e empreender nos modelos Quiosque, Express ou Híbrido (em que há o drive-thru e Express em um só local).

Num passo menos ousado, a rede Clínica Vanessa Silveira, de micropigmentação estética e paramédica, e que conta com dez unidades no Brasil, também conquistou recentemente o primeiro franqueado no exterior, na Colômbia. Para a fundadora da marca que leva o seu nome, a ação exige investimentos, porém, pode trazer benefícios no médio e longo prazo. “É um custo a mais manter nosso padrão em uma unidade fora do país, mas temos uma estrutura que nos permite uma boa gestão enquanto franqueadora, mesmo com unidades a longas distâncias. Esta manutenção do relacionamento com o nosso franqueado acontece por meio de nossas reuniões semanais, por videoconferência, e treinamentos periódicos que acontecem em nossa sede”, revela. O momento é tão favorável, que durante o primeiro dia da ABF Franchising Expo 2016 surgiram interessados em levar a marca para a Espanha. “Eu gosto de dar pequenos passos. Este é um investimento que a empresa faz para poder crescer. É um jeito de se projetar dentro e lá fora também”, comenta Vanessa.

A rede oferece dois modelos de negócios: a microfranquia Light – unidades de 30 a 40 metros quadrados, com investimento de R$ 65 mil e faturamento médio mensal estimado em R$ 30 mil -; e Full – área mínima de 80 metros quadrados, em que o investimento inicial é de  R$ 135 mil e proporciona faturamento médio mensal de R$ 70 mil.

Mesmo sem contrato firmado, a Master House Manutenções e Reformas, rede de franquias de serviços de reparos e construção, já está em avançada negociação com franqueados nos Estados Unidos e Paraguai. Segundo Allan Comploier, diretor e fundador da marca, após dois anos no franchising brasileiro, este é o momento de atingir outros territórios. “Uma de nossas marcas registradas é a expansão responsável, em que todas as partes envolvidas no negócio estejam ganhando. Após chegarmos a marca de 40 unidades em 19 estados brasileiros, nos sentimos preparados para ampliar nossas metas”, comenta.

De lá para cá

Num movimento inverso, a maior rede de franquias de estética e bem-estar portuguesa, a BodyConcept, acaba de chegar ao Brasil com o conceito de Academia Estética, pelo qual oferece um programa mensal de tratamentos de estética corporal e facial no valor de R$ 240 ao mês. A primeira unidade foi inaugurada em outubro de 2015, em Curitiba, e já há previsões de inaugurações na capital paulista no segundo semestre deste ano. A expectativa é abrir dez unidades ainda em 2016.