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sexta, 22 de novembro de 2024
A relação entre o Brasil e o Japão é de longa data. Somente de imigração são mais de 100 anos e, quase naturalmente, o intercâmbio de negócios acaba mostrando-se viável. Quando o assunto é internacionalizar o franchising ou ingressar no mercado brasileiro, os dados são animadores. Como prova disso, basta lembrar que depois da China e Estados Unidos, o país é o maior mercado de franquias do mundo, movimentando cerca de US$ 240 bilhões (dados de 2015), com cerca de 160 mil lojas.
Segundo a Japan Franchise Association (JFA), há mais de 1,3 mil marcas nipônicas, sendo os mercados de alimentação fora do lar, serviços e lojas de conveniência os mais promissores na atualidade. Apesar da participação de redes brasileiras no Japão ainda ser pouco representativa, entidades como a JETRO (Japan External Trade Organization) mostram-se empenhadas em reverter este quadro. Por isso, durante a ABF Franchising Expo 2016, que ocorre entre os dias 15 e 18 de junho em São Paulo, estará presente no Espaço Japão, com empresários das redes YS Food e Tentakaku Inc. (especializadas em lámem), Wasara (focada em utensílios de mesa) e representantes das consultorias M´s Planning e Franchise Research & Stategy Institute com intuito de promover a entrada de marcas lá e aqui.
PUBLICIDADESegundo o vice-presidente da JETRO, Yasushi Ninomiya, o evento é uma excelente oportunidade de iniciar e estreitar relações mercadológicas. “A YS Food está buscando um parceiro, a Tentakaku tem expectativa de abrir uma unidade no país já em 2017. Sendo assim, o grande desafio desta missão é conhecer o mercado brasileiro, reconhecer as peculiaridades do paladar do consumidor, os ingredientes, fornecedores e custos, tais como tributos para a abertura de um empreendimento por aqui”, comenta. Seguindo a tendência das franquias nipônicas, as apostas para inserção no mercado brasileiro são as redes de gastronomia, que vão desde restaurantes e os izakayas (espécie de bar que também serve alimentos para acompanhar as bebidas). “O resultado deste evento vai ser determinante para estimular outras empresas a virem para cá também”, afirma.
Quando o assunto é estimular a entrada das marcas do Brasil no Japão, Ninomiya avisa que há espaço. “Existem redes de franquias do setor educacional presentes no mercado japonês e, sem dúvida, algumas redes do setor de gastronomia poderiam ser interessantes também. Nós, por exemplo, disponibilizamos um serviço de apoio gratuito ao investidor estrangeiro. Havendo empresas interessadas em se estabelecer no Japão, podemos disponibilizar nossos serviços de assessoria gratuita sobre assuntos jurídicos, trabalhista, de imigração e mercado”, revela.